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Rádio Adolfo Turrion
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Adolfo Turrion na revista FortunA - Um Homem Livre

Por Marco Antonio Jordão

Nos últimos 12 meses tenho vivido numa situação profissional e social esfumaçada, com um “ronronar” de incertezas, diria muito ruins, com toda a opinião pública já há algum tempo concentrada em falar única e exclusivamente sobre os problemas causados ​​pela covid- 19.

Jornais, televisão e redes sociais nos assediam e angustiam as nossas vidas. Eu entendo perfeitamente, é um problema, é claro. Não entro nos méritos de quem, o quê e por quê. Eu testemunho como qualquer homem na rua essa comunicação massificada geral que aceita sem discussão, sob esta gestão política culturalmente medíocre sem exceção de partido.

A “covardia” é um substantivo feminino centenário que nos distingue. Nós seres humanos adoramos adotá-la em casos de extrema necessidade e dificuldade. E como um botão de fogo - "em caso de necessidade, quebre o vidro” - com grande maestria política, derrubamos as situações jogando a culpa pelo que aconteceu em outra pessoa, ou em alguma situação generalizada.

Acredito firmemente que, depois da ressaca desagradável da covid-19 e da polarização e atual histeria eufórica da eleição para Presidente da República, será útil regressarmos com os pés no chão porque a realidade em breve cairá sobre nós como um “tsunami” de problemas que nem imaginamos.

Problemas esquecidos, negligenciados, deixados de lado por muito tempo, três acima de tudo: econômicos, sociais e de emprego. Eu os ouço chegando como o trovão e o relâmpago de uma tempestade perigosa.

A nossa é uma pequena realidade fabril onde desenhamos, desenvolvemos, construímos e vendemos sapatos semi-artesanais. Nosso motor de vendas principal é a internet, onde se concentram 85% de nossas vendas, as demais somadas por distribuidores e private labels. Já iniciamos o mercado de exportação e nele, também, a força motriz será a web.

Obviamente que em um mundo digital, as funções, o trabalho e o foco são notavelmente diferentes do nosso passado recente e essa ruptura geral tem a ver com a relevância de ser, não de aparecer...

Fabricamos sapatos para homens que amam a qualidade, a emoção, as boas maneiras a partir da ética, do conhecimento e da experiência. Porque escolher o que vestir e o que calçar para um dia de trabalho ou de lazer é respeito, comparação, credibilidade, reputação e dignidade.

Como tantas pequenas e médias empresas neste país, também nós não estamos imunes às dificuldades. Assim surgem problemas que chegam no meio da tempestade como relâmpagos. Três acima de tudo, o primeiro é o preço de compra do couro, que além dos aumentos já ocorridos em 2021, novos chegarão em 2022, principalmente se forem bonitos e de qualidade como os nossos. O segundo vem do aumento da eletricidade, gás, borracha, madeira, tintas, moldes, prateleiras, que levam a um aumento ainda maior dos custos de produção. O terceiro chega concomitante ao ciclo de produção: a distribuição e a logística que estão atreladas ao custo dos combustíveis.

A web, os fatores econômicos e os políticos nos colocam, em pleno anos 20 do século XXI, em um dilema enorme: como resolver os problemas sociais e de empregabilidade?

A Adolfo Turrion investe e apoia projetos que culminem na principal vertente que pode sim, minimizar os problemas sociais e de empregabilidade: a educação. A educação é o único caminho que torna um homem livre, pois o molda e o prepara para um mercado em constante mutação, onde as regras de ontem não valem mais nada hoje, onde o aprendizado de hoje permite a empregabilidade, evita o desemprego, elimina a depressão e define um caminho próspero.

No início era o mito, depois a religião e a ciência. Cada época teve seu próprio mediador cultural e indicou verdades, regras e normas de vida. Até a chegada da tecnologia, que minou o sentido cívico e o comportamental geral.

A tecnologia nos empurra para além dos limites da confiança comportamental porque persegue um desenvolvimento finalístico que não tem outro propósito senão o seu próprio fortalecimento e ignora a tradição e a história.

Isso determina o desaparecimento de personalidades de referência, também capazes de dirigir, mediar e indicar um estilo. O estilo comportamental de hoje sofre, portanto, um declínio drástico. Na idade arcaica os deuses observavam o comportamento humano, na Idade Média a religião lembrava que toda ação permanecia sob o olhar de Deus e na idade moderna a razão exige favorecer a evolução humana e social e, portanto, o comportamento individual é avaliado racionalmente.

Hoje a tecnologia não existe para rituais, nem para reflexões comportamentais, para que todos possam se entregar aos comportamentos mais inescrupulosos, até porque uma marca como Adolfo Turrion é um instigador e defensor útil ao enfatizar, perante o mercado, o valor do respeito pessoal, das formas, da excelência e do estilo como uma importante contribuição para a vida humana.

Porque a forma ainda é substância!

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